Credores aprovam o plano de recuperação judicial do grupo GTFoods, diz companhia.

Os credores do grupo GTFoods, indústria avícola com sede em Maringá, no norte do Paraná, aprovaram o plano de recuperação judicial proposto pela companhia, diz a empresa. A recuperação é um instrumento legal utilizado por empresários para alongar prazos de dívidas e evitar a falência.

Para ter validade, agora a Justiça precisa homologar o acordo entre a companhia e os credores. A empresa entrou com o pedido de recuperação judicial em agosto do ano passado devido a um desequilíbrio financeiro causado por aumento de preços agrícolas e queda nas vendas, segundo a própria GTFoods.

À época, havia a promessa da companhia de que seriam mantidos os cerca de nove mil postos de trabalho nas dez unidades instaladas no Paraná. Segundo a assessoria, isso foi cumprido. A capacidade de abate de aves é de mais de 630 mil por dia.

Do total do passivo, não divulgado pela empresa, cerca de R$ 750 milhões foram repactuados com a aprovação do plano de recuperação. O restante das dívidas, conforme a companhia, é com bancos cujos créditos não se sujeitam ao processo de recuperação. Nesses casos, a negociação ainda não foi finalizada.

Entre os credores trabalhistas, que têm prioridade no recebimento, o passivo de R$ 2,3 milhões será pago em um ano. Há dívidas no acordo que serão pagas em até 18 anos, parceladamente.

Os fornecedores de milho, soja, farelo de soja e os produtores de frango integrados, por serem essenciais à atividade da companhia, serão pagos em prazos menores, conforme a empresa.