Recuperações judiciais no Brasil avançam no primeiro semestre de 2018

O total de recuperações judiciais requeridas no Brasil no primeiro semestre de 2018 subiu 9,9% na comparação com o mesmo período de 2017, revela o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. Foram 753 pedidos contra os 685 registrados no acumulado de janeiro a junho de 2017.

Na análise mês a mês, o indicador apontou 99 pedidos de recuperações judiciais em junho/2018 – uma redução de 27,2% em relação a maio/2018 (136 pedidos). Já na variação interanual, a queda é de 10,8% frente às 111 ocorrências contabilizadas em junho/2017.

Segundo a avaliação dos economistas da Serasa Experian, a alta dos pedidos de recuperação judicial durante a primeira metade de 2018 reflete um contexto de mercado sob os efeitos do ritmo abaixo do esperado para a recuperação da atividade econômica brasileira. A fraca geração de caixa das empresas, dado o baixo dinamismo da economia, pouco aliviou a difícil situação financeira, especialmente das micro e pequenas empresas, provocando o aumento dos pedidos de recuperação judicial neste primeiro semestre.

Falências apresentam retrocesso

No consolidado de janeiro a junho de 2018, as falências requeridas em todo o Brasil chegaram a 686 pedidos e recuaram 17,2% frente aos 829 processos realizados nos primeiros seis meses de 2017.

O levantamento fechou o mês de junho/2018 com 118 requerimentos de falências e um decréscimo de 21,9% face ao apurado pelo indicador de maio/2018 (151 pedidos). Na comparação com os 135 requerimentos referentes a junho/2017, a redução foi de 12,6%.

Micros e pequenas empresas 

Na segmentação por porte de empreendimento, as micro e pequenas empresas permaneceram na dianteira no Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações no primeiro semestre de 2018.

As MPEs responderam por 474 do total de recuperações judiciais requeridas no país. Na sequência, as médias (170) e as grandes empresas (109) mantiveram suas posições no levantamento.

Entre os pedidos de falências no Brasil no período, a maior participação também ficou para as micro e pequenas empresas (372), seguidas pelas grandes (166) e médias (148).

Na apuração referente a junho/2018, as MPEs voltaram a liderar o indicador mensal de requerimentos de recuperação judicial com 48 ocorrências, enquanto as médias ficaram com 34 e as grandes empresas, com 17. O mesmo desempenho é observado no total de pedidos de falência do sexto mês deste ano: os micro e pequenos empreendimentos seguem no topo com 57 ocorrências, contra 32 dos médios e as 29 correspondentes aos grandes.

(Redação – Investimentos e Notícias)